quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Da convivência em Caçapava do Sul

Mais um C.U.C. dessa vida. Entro na fila pra uma cerveja, espero em torno de um minuto, o cara na minha frente termina de ser atendido e sai. Nisso uma mulher aparece e me corta a frente:
-Oi, eu quero um halls.
Acho certo que a mulher que atende as pessoas vai falar pra ela respeitar a dúzia de pessoas que está na fila. Não, a atendente toma o dinheiro e lhe entrega o produto na maior naturalidade. A “moça” vai embora, a funcionária do clube me olha:
-Pra ti?
-Por que tu não dá preferência pra quem respeitou a fila?
-Ela chegou e pediu um halls, o que eu ia fazer, xingar ela?
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Mesma ocasião, outra hora, saio eu do banheiro, “lavo” minhas mãos (aspas porque molhar as mãos não é bem lavar, mas era o que era possível) e vou voltando pra festa, enquanto escuto alguém dizer:
-Bah, essa baita fila aí, ta loco, vô mijá na pia!

Olho pras minhas mãos umedecidas da água dessa mesma pia...
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Alguns exemplos da cotidiana falta de respeito da sociedade caçapavana. Acho que vai chegar o dia que a minha amada cidade vai se juntar ao “desenvolvimento” pós-moderno e também ter um toque de recolher não declarado pra quem anda a pé, devido à violência, engarrafamentos enormes... A falta de consideração característica disso tudo já está presente.

OBS: Desculpem a baixa qualidade do texto, espero ter conseguido passar a mensagem.
OBS2: Pra quem não sabe, o "CUC" que me refiro no início do texto é uma festa semanal promovida pelo centenário Clube União Caçapavana.

6 comentários:

  1. O CUC é um dos únicos clubes em que também entra não sócios. E com ingresso a 10 pila por duas noites, fica dramático.

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  2. Muito obrigado :D
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    Pois é, acho que não seria nada de errado impedir a presença de não-sócios. Toda uma reforma na postura do Clube, na real. Porque tipo, da pra fazer esse preço, contanto que exista uma fiscalização, um respeito à normas, coisa que simplesmente não existe, hoje.

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  3. Não esqueçam do caráter excludente da idéia de sócios e não-sócios. Há pouco tempo atrás tínhamos um clube para brancos e outro para negros...

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  4. Pois é, não precisa ser tão rígido quanto são os CTGs, teria que achar um equilíbrio, entre o desleixo e a exclusão...
    Assim como eu não quero que as pessoas sejam expulsas por sentar numa cadeira vazia (como ja ME aconteceu num CTG), eu também gostaria de chegar em casa sem uma história de briga pra contar, sem saber do fato que alguém puxou um oitão dentro do clube (como também já aconteceu)...

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