segunda-feira, 28 de setembro de 2009

De como não nos importamos.


Todo santo dia passo por moradores de rua dormindo e sobrevivendo nas calçadas aqui em Porto Alegre. Dia de chuva aparecem mais, passo por eles na ida e na volta do colégio (ou do cursinho). Existe uma (frente de) garagem que é a ‘casa’ de um grupo deles, vivem lá 24h, às vezes com alguma comida, às vezes com algum cobertor, sempre com algo de alcoólico.
Há quem diga que há ONGs que se oferecem para levá-los a abrigos.
Há quem diga também que eles se recusam a ir aos abrigos por não poderem levar sua cachacinha junto deles. Que fossem levados a uma clínica de desintoxicação, então...
Mas o ponto não é esse.
Onde quero chegar é no fato de que eu, e aparentemente a maioria dos moradores daqui simplesmente não me importo realmente com essa realidade. Eu adoraria ajudar essa gente de forma que fosse resolver o problema (esmola não resolve nada)... Só que não tenho tempo nem estrutura para tal, então tiro esse "peso" de mim, acabo por agir como se entendesse que não é problema meu. Só que todos agem assim.
É uma falta de consideração, de valor humano, essas pessoas terminam sendo vistas como animais, como lixo.
E o porquê disso é que elas não representam nenhuma possibilidade de benefício a ninguém, exceto, é claro, àqueles que vendem canha e demais entorpecentes de forma absurdamente acessível.
Pergunto, essa gente que lucra com isso preferia ver esses seus clientes em bom estado de saúde e vida, de modo que não consumiriam tanto seus produtos? Capitalismo selvagem.
Acho que daí pode-se concluir que na nossa sociedade atual existem toques da crença na “Raça Superior” ainda hoje, inclusive na minha mente ou na tua que lê isto.
É um absurdo, e é preciso mudar. O lucro não pode ser mais importante que a saúde e integridade de todos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um brinde à amizade!


Pare pra pensar nos melhores momentos da tua vida.
Em quantos deles teus amigos estão presentes?

É um tema um tanto fútil, pensei antes de escrever. Mas não, cheguei à conclusão de que não é. Porque o fato, não sei se infelizmente, é que eu consigo viver sabendo que governantes desviam dinheiro público, que tem gente passando fome nas ruas, que a poluição pode significar o fim da vida humana... O que eu não consigo viver sem é a conversa e a companhia dos meus amigos.
Pra mim, as amizades representam a antítese do que o mundo que vivemos nos ensina. Não se ganha um centavo sequer por estar lá quando alguém precisa.
Não existe um fato isolado que explique a presença tão altruísta dessas pessoas nas nossas vidas. Não somos parentes de sangue, não lhe oferecemos empregos ou serviços. Muitas vezes temos opiniões diferentes para política, religião ou mesmo futebol.
E mesmo assim essa gente representa o riso, o apoio, a compreensão. É difícil achar palavras pra definir o que tudo isso representa, justamente porque não é necessário dizer nada quando se fala disso entre amigos. O silêncio por si só já se explica. Sempre haverá as junções para não fazer nada, pois o ‘nada’ é simplesmente a falta da existência de uma palavra que designe esse sentimento.

(Que conversa de bêbado...)

PS: Queria agradecer os ‘adeptos’ do blog pela força. Eu sinceramente achava que ninguém ia se importar com isso aqui. Valeu mesmo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Contra o nacionalismo gaudério

Semana farroupilha, tempo de ver gente falando de como o Rio Grande é melhor que o Brasil e de como a nossa gente é mais digna que a do resto do país.
Sugiro esse vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=gXP1I3-3DH0

Pessoas são pessoas, de onde quer que sejam. Pra mim, o nacionalismo é tão coerente quanto o racismo.Não entenda mal, não digo nada contra o tradicionalismo, contra os bailes, a pilcha. Mas é preciso saber separar as coisas, saiba, antes de clamar que é a favor do separatismo, o que tu estás defendendo. Sempre penso nisso quando vejo o hino nacional ser abafado pelo do Rio Grande...
Grande bosta ser ou não gaúcho.

domingo, 13 de setembro de 2009

Apresentação

A idéia do blog é simplesmente um lugar para eu poder expor opiniões, sem necessariamente ter um objetivo, acho que isso ficou claro no nome da página.
Também não levo um assunto específico. Bem na verdade fico com um pé atrás na criação disso aqui, mas não custa tentar.
É uma alternativa para o tempo que passo na internet, visto que o que o orkut diz da minha personalidade é, majoritariamente, criado por outras pessoas... Talvez também uma saída pra poder discutir coisas que ninguém tá afim de debater, sei lá.
Acredito que eu não seja o único que vaga na internet atrás do que fazer ocasionalmente, então quando tu te encontrar nessa posição dá uma passada nesse endereço e se quiser deixa um comentário :)

Algumas coisas sobre o meu contexto:
Vivi a vida toda em Caçapava do Sul, esse ano vim pra Porto Alegre, com o intuito de estudar.
Idéia própria, nenhuma obrigação imposta.
Curso o terceiro ano e também cursinho, de olho na Administração da UFRGS, espero estar lá ano que vem.

Vamos ver se vai prestar isso aqui...