quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mantenha a cabeça aberta...

Tema interessante. Muito interessante (falando sobre o tema "Diversidade cultural"). Desde pequeno meus pais me levaram em viagens para outros países, exatamente com o intuito de me mostrar que havia mais no mundo que Caçapava, Porto Alegre e Bagé. Tenho lembranças de brincar numa piscina de hotel com amiguinhos portugueses, já conversei no mar com uma menininha francesa (ou pelo menos ela conversou bastante, eu não entendi nada…), e por aí vai.

Daí o conceito de internacionalismo. Já parou pra pensar o que é uma nação? Uma nação é nada mais que uma crença. Eu sou brasileiro, logo sou compatriota de… Um índio criado no Xingu, cuja cultura nada tem a ver com a minha… Não faz muito sentido, não é? O internacionalismo, ao contrário de dividir as pessoas, unifica. Uma guerra não faz o mínimo sentido, pois somos todos humanos, todos iguais. Ou ao menos igualmente diferentes.

Viajar é, pra mim, uma das melhores coisas que a vida tem a oferecer. Toda cultura tem o seu valor, a sua lição, sua particularidade, da mesma forma a gente que pratica essa diferença tem uma infinidade de coisas em comum conosco. Não tenho dúvida que o internacionalismo segue adiante na “evolução” da humanidade, já que cada vez mais é provado que instituição alguma é dona da verdade. Já que cada vez mais se sabe que não se pode julgar alguém por recusar-se a acreditar em Deus, por não ter a pele clara, por usar drogas, por não sentir atração ao sexo oposto…

Eu poderia cair no assunto marxista, seguindo com o conceito de internacionalismo. Mas deixa assim, pelo menos por enquanto. Diversidade cultural é tudo de bom, e quem vive em uma cidade onde existe diversidade (como Porto Alegre) não pode deixar escapar a chance de conhecer os diferentes costumes e valores. Não é em qualquer lugar que se encontra sociedade italiana, alemã, judaica, católica, protestante, chinesa, etc. Todos já conhecem o vídeo a seguir, mas vale relembrar…

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A favor da propaganda.

Eu e uns amigos da faculdade criamos um blog em conjunto. Convido quem lê aqui a migrar pra lá. http://randomblogaleatorio.wordpress.com/
Seguirei postando aqui o que eu posto lá, a princípio... Não quero que se perca as quase 30 postagens já feitas aqui.
Bem, aqui vai a postagem da semana:

A influência da mídia em nós existe, sim. Ou pelo menos tem a intenção de existir. E não vejo problema nisso.
Eu considero esse assunto um tanto saturado, mas como o que eu penso não está no blog, ainda é válido dizer. Eu acho que sim, a mídia é tendenciosa, a propaganda induz as pessoas a compras desnecessárias e endividamento e sim, pra mim isso é certo, isto é, é uma prática legítima.
Ouço reclamações de que “o sistema induz a pessoa a roubar para poder ter um par de tênis, pra ter a roupa da moda”... Ninguém é obrigado a nada, mas como diz a velha máxima “a tenteada é livre”. O que há de errado em tentar convencer alguém a alguma coisa? É crime dizer pra alguém “pula de um penhasco”?



Recomendo o filme todo, na real. Chama-se “Obrigado por fumar”, e recomendo o áudio original (Alguém por acaso sentiu-se violado por eu sugerir esse filme? Isso que eu fiz é um tipo de informação tendenciosa...). O cara fala tudo no fim do vídeo. “Chama-se educação”. Não é obrigação do vendedor educar o cliente... E a mídia hoje é livre, é exatamente quem denuncia atos indevidos do Estado, por exemplo. É o chamado quarto poder, e que bom que é assim.
Sou contra o consumismo e a ostentação. Eu só acho que o combate a isso deve ser feito estimulando a inteligência e o discernimento, mas respeitando a liberdade de escolha de cada um.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Liberdade leva à...

“(…) From it’s first day to this, sheer greed was the driving spirit of civilization; wealth and gain wealth and once more wealth, wealth, not of society, but of the single miserable individual – here was it’s first and final aim. (…)”
(Friedrich Engels, “Chapter IX: Barbarism and Civilization”)

“(…) Doctors, legal experts, priests, poets and scientists have, over the past 150 years, become its* paid servants. It has continued to wipe away the emotions and feelings that in the past have characterized social relationships, reducing them to simple financial relations.”
(Armando Hart) *“it” being the capitalist system

Em português:
“(…) Desde seu primeiro dia até hoje, a ganância pura foi o espírito condutor da civilização; riqueza e ganhar riqueza e mais uma vez riqueza, riqueza, não à sociedade, mas ao insignificante indivíduo – aqui estava seu primeiro e último objetivo. (...) ”
(Friedrich Engels, “Capítulo IX: Barbarismo e Civilização”)**

“(...)Doutores, advogados, padres, poetas e cientistas têm, ao passar dos últimos 150 anos, se tornado seus servidores pagos*. Ele continuou a eliminar as emoções e sentimentos que no passado caracterizavam as relações sociais, reduzindo-as a simples relações financeiras. ”
(Armando Hart) *”Ele” sendo o sistema capitalista.

**Tomei a liberdade de traduzir o título da obra também, mas talvez o seu nome de publicação em português seja outro.

Os textos evidenciam o fato que qualquer um pode perceber, de que atualmente é mais importante correr atrás da máquina que ajudar as pessoas. E aparentemente não há nada que se possa fazer, não sejamos hipócritas.
Hoje (terça-feira), ao voltar pra casa em uma “noite” (20h mais ou menos) um tanto fria após a chuva em Porto Alegre passei por três crianças (aparentavam ter mais ou menos dez, doze anos) descalças caminhando pela Independência, carregando sacos de lixo, mal vestidas (O termo criança, na prática, já não é mais correto, evidentemente)... Relato isso só pra personalizar o caso, pois todos sabem da imensidão da população que vive nas ruas ou em más condições.

E aí que se cai novamente naquela conversa de que o sistema se apóia em uma classe e daí a injustiça de que enquanto pessoas bem nascidas passeiam pela vida, outras passam fome...

Argumentarão que infelizmente isso é assim mesmo, que não tem o que fazer, que o ideal desses caras que eu cito (o socialismo) já foi testado e reprovado e tal...

Mais que isso, que o sistema socialista, em ordem de manter boas condições de vida a todos sufocava sua população a ponto de fazê-los quererem fugir de suas próprias casas (a exemplo da Alemanha oriental), daí provando mais uma vez que o indivíduo não se importa com a fome dos seus semelhantes. Não mais que com seu bem-estar, pelo menos.
Exemplificando um pouco as maneiras, pelo menos em teoria, que se impedia a injustiça social:
- uma menininha que vive em um sistema socialista quer ter mil pares de sapato. O sistema entende que é um desperdício de riqueza e que é desnecessário que uma pessoa só tenha tantos pares de sapato e impossibilita a realização deste “sonho”, desestimulando a luxúria e a arrogância, enquanto impossibilita a menina de esnobar as outras meninas. Resultado: todos têm seus sapatos, mas com uma grande chance de insatisfação.
- Uma menininha que vive em um sistema capitalista quer ter mil pares de sapato. Caso alguém aceite pagar o preço de mil pares de sapato pra ela (pai, marido...) ela os têm sem muito esforço e vive feliz enquanto nutre suas necessidades de se afirmar diante da sociedade, demonstrando “poder”. Caso ninguém se sujeite a pagar por ela os pares, ela é livre para trabalhar para tal, chegando ao seu objetivo somente esforçando-se muito, certamente precisando impedir o crescimento de outro para que ela possa crescer financeiramente.
Resultado: ela vive feliz não só pelo seu patrimônio, mas também pelo orgulho de ter provado ser capaz de realizar tal feito, enquanto outras tantas não têm esse privilégio. (notando a importância dessa última frase, o “gostinho” só existe enquanto existe a exclusão).

É discutível também se a justiça social do marxismo é realmente justa. Não é mais justo que quem trabalha pelo que quer consiga, e quem não trabalha não?
Pensando assim até faz sentido, porém o sistema capitalista admite herança como algo legítimo. É justo que o filho de um rico tenha uma formação melhor, uma saúde melhor? Note como ao passar das gerações cria-se uma injustiça enorme, o recém nascido não tem culpa de ter vindo ao mundo nas mãos de incompetentes!

Onde quero chegar com tudo isso é que... As pessoas lutaram para que fossem livres e pudessem escolher o que fazer de suas vidas, abrindo mão de uma garantia de qualidade de vida providenciada por outros, preferiram “confiar no taco”, digamos assim... O que gerou e segue gerando, invariavelmente, péssima qualidade de vida e exploração àqueles que não souberam agir da melhor maneira, de modo a perder sua riqueza e comprometendo seus descendentes. Portanto conclui-se que a liberdade... leva à injustiça!?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Contra a corneta!

Escrevo antes de sair de casa pra assistir o confronto entre Inter e Banfield. Lembro dos dias que resolvi ir para a superior ou pra social do Beira-Rio. É sempre a mesma coisa, quando o resultado não vem (ou ainda não veio). Pessoas vaiando o time do Inter, xingando o técnico, dizendo que assim não dá, que tem que botar o fulano, tem que tirar o ciclano, que esse presidente também não presta, que se não classificar eu não venho mais no estádio.
Pois que nem compareçam, então! É tão difícil assim de entender que é trabalho do técnico escolher quem joga e que durante o jogo é sim ele que manda e tá acabado? Que o jogador que tá em campo NÃO VAI pedir pra sair!?
Um jogo de futebol é como uma simulação de batalha. É uma batalha, portanto. E quando em guerra não há espaço pra democracia. Imagina um front de batalha, um dos teus companheiros começa a errar os tiros, tu vai chamar o teu superior pra dizer que aquele soldado não está preparado, em meio ao fogo cruzado? Vai xingar o cara e dizer pra ele desistir, enquanto ele tenta acertar o inimigo? Não me parece uma estratégia muito boa, não é mesmo? Então, que fique clara a mensagem: não, a opinião do torcedor, durante os 90 minutos NÃO É importante. Diferente, é claro, de quando não tá rolando jogo nenhum, aí sim não só pode como deve haver cobrança e fiscalização do trabalho feito no clube.
Mas quando no jogo, ou te abstém ou então canta junto e empurra o time junto com aqueles milhares atrás da goleira, que é impossível não se motivar com o estádio inteiro do teu lado.



Saudações coloradas.