Meus colegas de faculdade estão fazendo as pesquisas sobre as eleições junto comigo, portanto as postagens serão feitas no nosso blog conjunto: http://randomblogaleatorio.wordpress.com
Pesquisar sobre isso realmente dá trabalho, até o fim das pesquisas vou me abster de postar aqui, e postarei tudo lá no random. Passadas as pesquisas, sigo as postagens aqui normalmente.
Abraço!
AH!
fica uma homenagem ao meu Colorado, mais uma vez campeão da América!
É O INTER!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Tá chegando a hora de votar...
Buenas! Depois de um rápido mês de férias, volto a escrever. As eleições daqui a pouco estão aí, e, portanto, até lá a minha função no blog será pesquisar e divulgar sobre os candidatos, para decidir quais serão meus votos e informar quem lê aqui para que vote consciente. Farei as pesquisas e depois direi minha opinião, que até agora é imparcial e no momento que assumir um lado pra torcer, eu direi qual é.
Aceito sugestões sobre onde e o que pesquisar. Penso em começar pelos candidatos à presidência, postando informações sobre: o candidato, o vice e o partido que ele representa.
Mas antes, também penso que uma postagem sobre o que se espera de um presidente também seria bom, afinal, como podemos dizer se as promessas parecem boas se não sabemos o que esperar?
Espero, sinceramente, que essas pesquisas se mostrem produtivas. E não nos deixemos ser levados pela propaganda política...
Aceito sugestões sobre onde e o que pesquisar. Penso em começar pelos candidatos à presidência, postando informações sobre: o candidato, o vice e o partido que ele representa.
Mas antes, também penso que uma postagem sobre o que se espera de um presidente também seria bom, afinal, como podemos dizer se as promessas parecem boas se não sabemos o que esperar?
Espero, sinceramente, que essas pesquisas se mostrem produtivas. E não nos deixemos ser levados pela propaganda política...
sexta-feira, 16 de julho de 2010
FÉRIAS.
Como acabou acontecendo nas férias de verão, não postarei nada até voltar à rotina, que deve ser pela segunda semana de Agosto.
Abraço!
Abraço!
quarta-feira, 7 de julho de 2010
"Blessing must come from within"
Recentemente, assistindo vídeos sobre pontos de vista políticos de nomes notáveis (Milton Friedman, Margaret Thatcher, entre outros), me deparei com um feito pelo Dalai Lama. Ele contou uma história sobre uma visita sua à Washington, em que cidadãos pobres lhe pediram a bênção. Ele respondeu dizendo que não era ninguém capaz de “fornecer” uma bênção.
O argumento usado por ele era que as pessoas têm que fazer aquilo que elas querem buscando forças em si mesmas, “a bênção deve vir de ti mesmo”, ele disse. Disse que aquelas pessoas devem achar nelas mesmas a força para trabalhar mais e melhorar de vida, e que as pessoas ricas daquela cidade deveriam fazer um esforço para passar aos de piores condições sua sabedoria, suas qualidades.
Disse também que na China, que é governada por um partido comunista, também há grande diferença de poder entre as pessoas. Logo, não interessa o sistema. Essa é a moral de todo o discurso: não espere o dia em que o partido tomar o poder, o dia em que alguém vai aparecer pra ajudar. A bênção deve vir de ti mesmo. Tá vendo algo de errado, algo que tu gostaria que fosse diferente? Pois te mexe, faz algo tu mesmo. E não fica esperando a chegada de um messias.
“…Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun…”
(Pink Floyd – Time)
Atitude. Cada vez mais, é evidente. Deve-se fazer, realizar, enquanto há tempo. Não só no caráter social como o do discurso do Dalai Lama, mas pra qualquer coisa que se quer feita. Se tu morresse hoje, tu te diria satisfeito com a vida que teve?
O argumento usado por ele era que as pessoas têm que fazer aquilo que elas querem buscando forças em si mesmas, “a bênção deve vir de ti mesmo”, ele disse. Disse que aquelas pessoas devem achar nelas mesmas a força para trabalhar mais e melhorar de vida, e que as pessoas ricas daquela cidade deveriam fazer um esforço para passar aos de piores condições sua sabedoria, suas qualidades.
Disse também que na China, que é governada por um partido comunista, também há grande diferença de poder entre as pessoas. Logo, não interessa o sistema. Essa é a moral de todo o discurso: não espere o dia em que o partido tomar o poder, o dia em que alguém vai aparecer pra ajudar. A bênção deve vir de ti mesmo. Tá vendo algo de errado, algo que tu gostaria que fosse diferente? Pois te mexe, faz algo tu mesmo. E não fica esperando a chegada de um messias.
“…Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun…”
(Pink Floyd – Time)
Atitude. Cada vez mais, é evidente. Deve-se fazer, realizar, enquanto há tempo. Não só no caráter social como o do discurso do Dalai Lama, mas pra qualquer coisa que se quer feita. Se tu morresse hoje, tu te diria satisfeito com a vida que teve?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Um pouco de polêmica...
http://superinteressanteed179.fortunecity.com/
Bom, o texto do link já é bastante extenso…
Digo apenas que sou a favor da legalização.
Bom, o texto do link já é bastante extenso…
Digo apenas que sou a favor da legalização.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Sugestão de filme: Beleza Americana
Certa vez li que sucesso é conseguir aquilo que se quer. Pois penso que sucesso é não querer. A mídia, a sociedade, a mãe do Badanha te fazem pensar que é necessário ser a pessoa mais bonita, rica, inteligente e esforçada que se pode ser. Feliz é aquele que sabe que isso é mentira.
No fim todos somos iguais, no fim toda forma de vida é igualmente significante. É possível, partindo do contraste inexistente entre uma vida e outra, chegar à conclusão de que toda vida é insignificante, ou que toda vida é infinitamente significante. Todos têm seu brilho, todos têm sua podridão, cabe a nós escolher o que enxergar.
Não tenho palavras para descrever esse filme. Muito... Retórico e inconclusivo. Uma viagem, que ao mesmo tempo é tão real... Chega, não consigo descrever. Só assistam.
Sei lá o que o texto acima tem a ver, foi o que me saiu da cabeça logo depois de assistir ao filme...
Um pouco mais da vibe:
No fim todos somos iguais, no fim toda forma de vida é igualmente significante. É possível, partindo do contraste inexistente entre uma vida e outra, chegar à conclusão de que toda vida é insignificante, ou que toda vida é infinitamente significante. Todos têm seu brilho, todos têm sua podridão, cabe a nós escolher o que enxergar.
Não tenho palavras para descrever esse filme. Muito... Retórico e inconclusivo. Uma viagem, que ao mesmo tempo é tão real... Chega, não consigo descrever. Só assistam.
Sei lá o que o texto acima tem a ver, foi o que me saiu da cabeça logo depois de assistir ao filme...
Um pouco mais da vibe:
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Tempo de copa do mundo
Dias de estresse, preocupação com provas, algo assim, levantar cedo, mas e aquele trabalho que falta fazer? E aquele compromisso?… Relaxa. Tu tá no Brasil e é época de copa do mundo.
Que se foda todo o resto, pega uma cerveja, vai dar risada, gritar, se divertir… Esse é o emblema do nosso patriotismo. E as demais nações que morram de inveja, por terem que se contentar com valores morais e liberté, égalité, fraternité. Aqui é futebol, samba, caipirinha!
Sinceramente, não consigo pensar em algo melhor para característica nacional que ser um povo que pra fazer festa não precisa chamar duas vezes. Cara, no final das contas tu vai morrer igual, aproveita a vida. Vai falar com aquela mina que tá te olhando, coloca um copo na tua mão, escuta a piada que o idiota do teu lado ta te dizendo. Seja um idiota como ele, e te sentirás muito bem.
Bah, a postagem acabou e eu nem comentei o jogo! E daí? Na copa do mundo, o que menos interessa é o futebol.
PS: pra melhorar a qualidade musical da postagem:
Que se foda todo o resto, pega uma cerveja, vai dar risada, gritar, se divertir… Esse é o emblema do nosso patriotismo. E as demais nações que morram de inveja, por terem que se contentar com valores morais e liberté, égalité, fraternité. Aqui é futebol, samba, caipirinha!
Sinceramente, não consigo pensar em algo melhor para característica nacional que ser um povo que pra fazer festa não precisa chamar duas vezes. Cara, no final das contas tu vai morrer igual, aproveita a vida. Vai falar com aquela mina que tá te olhando, coloca um copo na tua mão, escuta a piada que o idiota do teu lado ta te dizendo. Seja um idiota como ele, e te sentirás muito bem.
Bah, a postagem acabou e eu nem comentei o jogo! E daí? Na copa do mundo, o que menos interessa é o futebol.
PS: pra melhorar a qualidade musical da postagem:
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Sobre gostar e entender.
Ano passado, estudando pro vestibular, me dei conta de uma coisa: a relação entre não entender e não gostar. Claro, pois no cursinho se via um exemplo óbvio, eu gostava das aulas e matérias que eu entendia, e das que eu tinha mais dificuldade, não. E notava isso em todas as pessoas. Daí então a pergunta, por que é tão difícil gostar do que não se entende?
Mais que isso, gosta-se de uma coisa porque a entende, ou a entende porque se gosta? Às coisas que nos são naturais, parece sem sentido essa conexão, ninguém precisa entender sua família para amá-la, por exemplo. No entanto, às demais coisas, é uma observação válida. Não consigo assistir uma partida de rugby, pois não entendo as regras; não entendo de dança, pois não gosto de dançar.
Pergunto, e nisso admito ignorância, pois a resposta deve existir, já nascemos condicionados a determinados gostos, ou realmente temos a oportunidade de escolha? Disso tiro apenas o pensamento de que a tolerância deve ser sempre mantida, antes de julgar qualquer coisa. És contra certa atividade porque não a entende ou porque a estudou e chegou à conclusão que ela não deve ser feita? E falo isso das coisas que mais parecem banais, inclusive.
Por que mesmo que falam para se alimentar de determinada maneira? Por que aprender certa matéria? Em quem votar?
Pesquise e descubra, antes de tirar conclusões. Um pouco de humildade nunca é ruim.
Mais que isso, gosta-se de uma coisa porque a entende, ou a entende porque se gosta? Às coisas que nos são naturais, parece sem sentido essa conexão, ninguém precisa entender sua família para amá-la, por exemplo. No entanto, às demais coisas, é uma observação válida. Não consigo assistir uma partida de rugby, pois não entendo as regras; não entendo de dança, pois não gosto de dançar.
Pergunto, e nisso admito ignorância, pois a resposta deve existir, já nascemos condicionados a determinados gostos, ou realmente temos a oportunidade de escolha? Disso tiro apenas o pensamento de que a tolerância deve ser sempre mantida, antes de julgar qualquer coisa. És contra certa atividade porque não a entende ou porque a estudou e chegou à conclusão que ela não deve ser feita? E falo isso das coisas que mais parecem banais, inclusive.
Por que mesmo que falam para se alimentar de determinada maneira? Por que aprender certa matéria? Em quem votar?
Pesquise e descubra, antes de tirar conclusões. Um pouco de humildade nunca é ruim.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.
A correria, hoje (e falo “hoje”, pois não vivi o “ontem”), é necessária. É necessário aprender, é necessário se puxar, para que seja possível competir e vencer. Agora… É preciso encontrar a dose certa disso tudo. É preciso entender a diferença entre trabalhar para viver e assim viver bem e viver para trabalhar e assim trabalhar bem.
Acredito que dessa vida, tu só leva a vida que tu leva. Não acredito que “a causa seja justa”. Como o soldado, eu “acredito em munição”. Nada de lições de moral, nada de “tem que ser trabalhador”. Em um mundo perfeito, eu viveria pra fazer as coisas que fazem eu me sentir bem, hedonista ao extremo. Acontece que jacaré parado vira bolsa. Daí que é necessário correr, se virar.
Além de qual esforço realizar, é necessário saber medir o quanto de esforço é realmente preciso ter. Nada, em demasia, é benéfico. É preciso correr, garantir o seu, qualificar-se, mas não ser escravo do trabalho.
Quanto a aprender… O entendimento amplia os horizontes do lazer, de certa forma. É importante manter a abrangência daquilo que se aprende; eu acredito que jamais ganharei um único centavo por estudar música, no entanto, tocar guitarra é uma habilidade que constantemente me traz momentos indescritíveis. Logo, sim, é preciso aprender, pra isso é preciso estudar, pra isso é preciso dedicar-se. Contanto que se escolha bem onde investir o esforço.
A grana nada mais é que um coringa a ser convertido em diferentes tipos de riqueza que a vida pode oferecer. Eu poderia aproveitar meu tempo (e dinheiro) pra qualificar meu currículo mais e mais, ou para me fazer feliz mais e mais. Certo dia alguém diz que é mais necessário, para a carreira, aprender mais e mais inglês, por mais que já se saiba, seguir aperfeiçoando… Pois eu digo que se exploda a carreira, então. Nada de viseirinhas de cavalo. A vida, acima da carreira.
Antes aprender novas línguas e culturas e não ter o currículo dos sonhos, que investir todo o tempo em mais do mesmo, ser o Senhor Qualificação e ignorar a existência das demais línguas. Resumindo, mil vezes saber pouco de muito que muito de pouco.
Acredito que dessa vida, tu só leva a vida que tu leva. Não acredito que “a causa seja justa”. Como o soldado, eu “acredito em munição”. Nada de lições de moral, nada de “tem que ser trabalhador”. Em um mundo perfeito, eu viveria pra fazer as coisas que fazem eu me sentir bem, hedonista ao extremo. Acontece que jacaré parado vira bolsa. Daí que é necessário correr, se virar.
Além de qual esforço realizar, é necessário saber medir o quanto de esforço é realmente preciso ter. Nada, em demasia, é benéfico. É preciso correr, garantir o seu, qualificar-se, mas não ser escravo do trabalho.
Quanto a aprender… O entendimento amplia os horizontes do lazer, de certa forma. É importante manter a abrangência daquilo que se aprende; eu acredito que jamais ganharei um único centavo por estudar música, no entanto, tocar guitarra é uma habilidade que constantemente me traz momentos indescritíveis. Logo, sim, é preciso aprender, pra isso é preciso estudar, pra isso é preciso dedicar-se. Contanto que se escolha bem onde investir o esforço.
A grana nada mais é que um coringa a ser convertido em diferentes tipos de riqueza que a vida pode oferecer. Eu poderia aproveitar meu tempo (e dinheiro) pra qualificar meu currículo mais e mais, ou para me fazer feliz mais e mais. Certo dia alguém diz que é mais necessário, para a carreira, aprender mais e mais inglês, por mais que já se saiba, seguir aperfeiçoando… Pois eu digo que se exploda a carreira, então. Nada de viseirinhas de cavalo. A vida, acima da carreira.
Antes aprender novas línguas e culturas e não ter o currículo dos sonhos, que investir todo o tempo em mais do mesmo, ser o Senhor Qualificação e ignorar a existência das demais línguas. Resumindo, mil vezes saber pouco de muito que muito de pouco.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Mantenha a cabeça aberta...
Tema interessante. Muito interessante (falando sobre o tema "Diversidade cultural"). Desde pequeno meus pais me levaram em viagens para outros países, exatamente com o intuito de me mostrar que havia mais no mundo que Caçapava, Porto Alegre e Bagé. Tenho lembranças de brincar numa piscina de hotel com amiguinhos portugueses, já conversei no mar com uma menininha francesa (ou pelo menos ela conversou bastante, eu não entendi nada…), e por aí vai.
Daí o conceito de internacionalismo. Já parou pra pensar o que é uma nação? Uma nação é nada mais que uma crença. Eu sou brasileiro, logo sou compatriota de… Um índio criado no Xingu, cuja cultura nada tem a ver com a minha… Não faz muito sentido, não é? O internacionalismo, ao contrário de dividir as pessoas, unifica. Uma guerra não faz o mínimo sentido, pois somos todos humanos, todos iguais. Ou ao menos igualmente diferentes.
Viajar é, pra mim, uma das melhores coisas que a vida tem a oferecer. Toda cultura tem o seu valor, a sua lição, sua particularidade, da mesma forma a gente que pratica essa diferença tem uma infinidade de coisas em comum conosco. Não tenho dúvida que o internacionalismo segue adiante na “evolução” da humanidade, já que cada vez mais é provado que instituição alguma é dona da verdade. Já que cada vez mais se sabe que não se pode julgar alguém por recusar-se a acreditar em Deus, por não ter a pele clara, por usar drogas, por não sentir atração ao sexo oposto…
Eu poderia cair no assunto marxista, seguindo com o conceito de internacionalismo. Mas deixa assim, pelo menos por enquanto. Diversidade cultural é tudo de bom, e quem vive em uma cidade onde existe diversidade (como Porto Alegre) não pode deixar escapar a chance de conhecer os diferentes costumes e valores. Não é em qualquer lugar que se encontra sociedade italiana, alemã, judaica, católica, protestante, chinesa, etc. Todos já conhecem o vídeo a seguir, mas vale relembrar…
Daí o conceito de internacionalismo. Já parou pra pensar o que é uma nação? Uma nação é nada mais que uma crença. Eu sou brasileiro, logo sou compatriota de… Um índio criado no Xingu, cuja cultura nada tem a ver com a minha… Não faz muito sentido, não é? O internacionalismo, ao contrário de dividir as pessoas, unifica. Uma guerra não faz o mínimo sentido, pois somos todos humanos, todos iguais. Ou ao menos igualmente diferentes.
Viajar é, pra mim, uma das melhores coisas que a vida tem a oferecer. Toda cultura tem o seu valor, a sua lição, sua particularidade, da mesma forma a gente que pratica essa diferença tem uma infinidade de coisas em comum conosco. Não tenho dúvida que o internacionalismo segue adiante na “evolução” da humanidade, já que cada vez mais é provado que instituição alguma é dona da verdade. Já que cada vez mais se sabe que não se pode julgar alguém por recusar-se a acreditar em Deus, por não ter a pele clara, por usar drogas, por não sentir atração ao sexo oposto…
Eu poderia cair no assunto marxista, seguindo com o conceito de internacionalismo. Mas deixa assim, pelo menos por enquanto. Diversidade cultural é tudo de bom, e quem vive em uma cidade onde existe diversidade (como Porto Alegre) não pode deixar escapar a chance de conhecer os diferentes costumes e valores. Não é em qualquer lugar que se encontra sociedade italiana, alemã, judaica, católica, protestante, chinesa, etc. Todos já conhecem o vídeo a seguir, mas vale relembrar…
quarta-feira, 19 de maio de 2010
A favor da propaganda.
Eu e uns amigos da faculdade criamos um blog em conjunto. Convido quem lê aqui a migrar pra lá. http://randomblogaleatorio.wordpress.com/
Seguirei postando aqui o que eu posto lá, a princípio... Não quero que se perca as quase 30 postagens já feitas aqui. Bem, aqui vai a postagem da semana:
A influência da mídia em nós existe, sim. Ou pelo menos tem a intenção de existir. E não vejo problema nisso.
Eu considero esse assunto um tanto saturado, mas como o que eu penso não está no blog, ainda é válido dizer. Eu acho que sim, a mídia é tendenciosa, a propaganda induz as pessoas a compras desnecessárias e endividamento e sim, pra mim isso é certo, isto é, é uma prática legítima.
Ouço reclamações de que “o sistema induz a pessoa a roubar para poder ter um par de tênis, pra ter a roupa da moda”... Ninguém é obrigado a nada, mas como diz a velha máxima “a tenteada é livre”. O que há de errado em tentar convencer alguém a alguma coisa? É crime dizer pra alguém “pula de um penhasco”?
Recomendo o filme todo, na real. Chama-se “Obrigado por fumar”, e recomendo o áudio original (Alguém por acaso sentiu-se violado por eu sugerir esse filme? Isso que eu fiz é um tipo de informação tendenciosa...). O cara fala tudo no fim do vídeo. “Chama-se educação”. Não é obrigação do vendedor educar o cliente... E a mídia hoje é livre, é exatamente quem denuncia atos indevidos do Estado, por exemplo. É o chamado quarto poder, e que bom que é assim.
Sou contra o consumismo e a ostentação. Eu só acho que o combate a isso deve ser feito estimulando a inteligência e o discernimento, mas respeitando a liberdade de escolha de cada um.
Seguirei postando aqui o que eu posto lá, a princípio... Não quero que se perca as quase 30 postagens já feitas aqui. Bem, aqui vai a postagem da semana:
A influência da mídia em nós existe, sim. Ou pelo menos tem a intenção de existir. E não vejo problema nisso.
Eu considero esse assunto um tanto saturado, mas como o que eu penso não está no blog, ainda é válido dizer. Eu acho que sim, a mídia é tendenciosa, a propaganda induz as pessoas a compras desnecessárias e endividamento e sim, pra mim isso é certo, isto é, é uma prática legítima.
Ouço reclamações de que “o sistema induz a pessoa a roubar para poder ter um par de tênis, pra ter a roupa da moda”... Ninguém é obrigado a nada, mas como diz a velha máxima “a tenteada é livre”. O que há de errado em tentar convencer alguém a alguma coisa? É crime dizer pra alguém “pula de um penhasco”?
Recomendo o filme todo, na real. Chama-se “Obrigado por fumar”, e recomendo o áudio original (Alguém por acaso sentiu-se violado por eu sugerir esse filme? Isso que eu fiz é um tipo de informação tendenciosa...). O cara fala tudo no fim do vídeo. “Chama-se educação”. Não é obrigação do vendedor educar o cliente... E a mídia hoje é livre, é exatamente quem denuncia atos indevidos do Estado, por exemplo. É o chamado quarto poder, e que bom que é assim.
Sou contra o consumismo e a ostentação. Eu só acho que o combate a isso deve ser feito estimulando a inteligência e o discernimento, mas respeitando a liberdade de escolha de cada um.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Liberdade leva à...
“(…) From it’s first day to this, sheer greed was the driving spirit of civilization; wealth and gain wealth and once more wealth, wealth, not of society, but of the single miserable individual – here was it’s first and final aim. (…)”
(Friedrich Engels, “Chapter IX: Barbarism and Civilization”)
“(…) Doctors, legal experts, priests, poets and scientists have, over the past 150 years, become its* paid servants. It has continued to wipe away the emotions and feelings that in the past have characterized social relationships, reducing them to simple financial relations.”
(Armando Hart) *“it” being the capitalist system
Em português:
“(…) Desde seu primeiro dia até hoje, a ganância pura foi o espírito condutor da civilização; riqueza e ganhar riqueza e mais uma vez riqueza, riqueza, não à sociedade, mas ao insignificante indivíduo – aqui estava seu primeiro e último objetivo. (...) ”
(Friedrich Engels, “Capítulo IX: Barbarismo e Civilização”)**
“(...)Doutores, advogados, padres, poetas e cientistas têm, ao passar dos últimos 150 anos, se tornado seus servidores pagos*. Ele continuou a eliminar as emoções e sentimentos que no passado caracterizavam as relações sociais, reduzindo-as a simples relações financeiras. ”
(Armando Hart) *”Ele” sendo o sistema capitalista.
**Tomei a liberdade de traduzir o título da obra também, mas talvez o seu nome de publicação em português seja outro.
Os textos evidenciam o fato que qualquer um pode perceber, de que atualmente é mais importante correr atrás da máquina que ajudar as pessoas. E aparentemente não há nada que se possa fazer, não sejamos hipócritas.
Hoje (terça-feira), ao voltar pra casa em uma “noite” (20h mais ou menos) um tanto fria após a chuva em Porto Alegre passei por três crianças (aparentavam ter mais ou menos dez, doze anos) descalças caminhando pela Independência, carregando sacos de lixo, mal vestidas (O termo criança, na prática, já não é mais correto, evidentemente)... Relato isso só pra personalizar o caso, pois todos sabem da imensidão da população que vive nas ruas ou em más condições.
E aí que se cai novamente naquela conversa de que o sistema se apóia em uma classe e daí a injustiça de que enquanto pessoas bem nascidas passeiam pela vida, outras passam fome...
Argumentarão que infelizmente isso é assim mesmo, que não tem o que fazer, que o ideal desses caras que eu cito (o socialismo) já foi testado e reprovado e tal...
Mais que isso, que o sistema socialista, em ordem de manter boas condições de vida a todos sufocava sua população a ponto de fazê-los quererem fugir de suas próprias casas (a exemplo da Alemanha oriental), daí provando mais uma vez que o indivíduo não se importa com a fome dos seus semelhantes. Não mais que com seu bem-estar, pelo menos.
Exemplificando um pouco as maneiras, pelo menos em teoria, que se impedia a injustiça social:
- uma menininha que vive em um sistema socialista quer ter mil pares de sapato. O sistema entende que é um desperdício de riqueza e que é desnecessário que uma pessoa só tenha tantos pares de sapato e impossibilita a realização deste “sonho”, desestimulando a luxúria e a arrogância, enquanto impossibilita a menina de esnobar as outras meninas. Resultado: todos têm seus sapatos, mas com uma grande chance de insatisfação.
- Uma menininha que vive em um sistema capitalista quer ter mil pares de sapato. Caso alguém aceite pagar o preço de mil pares de sapato pra ela (pai, marido...) ela os têm sem muito esforço e vive feliz enquanto nutre suas necessidades de se afirmar diante da sociedade, demonstrando “poder”. Caso ninguém se sujeite a pagar por ela os pares, ela é livre para trabalhar para tal, chegando ao seu objetivo somente esforçando-se muito, certamente precisando impedir o crescimento de outro para que ela possa crescer financeiramente.
Resultado: ela vive feliz não só pelo seu patrimônio, mas também pelo orgulho de ter provado ser capaz de realizar tal feito, enquanto outras tantas não têm esse privilégio. (notando a importância dessa última frase, o “gostinho” só existe enquanto existe a exclusão).
É discutível também se a justiça social do marxismo é realmente justa. Não é mais justo que quem trabalha pelo que quer consiga, e quem não trabalha não?
Pensando assim até faz sentido, porém o sistema capitalista admite herança como algo legítimo. É justo que o filho de um rico tenha uma formação melhor, uma saúde melhor? Note como ao passar das gerações cria-se uma injustiça enorme, o recém nascido não tem culpa de ter vindo ao mundo nas mãos de incompetentes!
Onde quero chegar com tudo isso é que... As pessoas lutaram para que fossem livres e pudessem escolher o que fazer de suas vidas, abrindo mão de uma garantia de qualidade de vida providenciada por outros, preferiram “confiar no taco”, digamos assim... O que gerou e segue gerando, invariavelmente, péssima qualidade de vida e exploração àqueles que não souberam agir da melhor maneira, de modo a perder sua riqueza e comprometendo seus descendentes. Portanto conclui-se que a liberdade... leva à injustiça!?
(Friedrich Engels, “Chapter IX: Barbarism and Civilization”)
“(…) Doctors, legal experts, priests, poets and scientists have, over the past 150 years, become its* paid servants. It has continued to wipe away the emotions and feelings that in the past have characterized social relationships, reducing them to simple financial relations.”
(Armando Hart) *“it” being the capitalist system
Em português:
“(…) Desde seu primeiro dia até hoje, a ganância pura foi o espírito condutor da civilização; riqueza e ganhar riqueza e mais uma vez riqueza, riqueza, não à sociedade, mas ao insignificante indivíduo – aqui estava seu primeiro e último objetivo. (...) ”
(Friedrich Engels, “Capítulo IX: Barbarismo e Civilização”)**
“(...)Doutores, advogados, padres, poetas e cientistas têm, ao passar dos últimos 150 anos, se tornado seus servidores pagos*. Ele continuou a eliminar as emoções e sentimentos que no passado caracterizavam as relações sociais, reduzindo-as a simples relações financeiras. ”
(Armando Hart) *”Ele” sendo o sistema capitalista.
**Tomei a liberdade de traduzir o título da obra também, mas talvez o seu nome de publicação em português seja outro.
Os textos evidenciam o fato que qualquer um pode perceber, de que atualmente é mais importante correr atrás da máquina que ajudar as pessoas. E aparentemente não há nada que se possa fazer, não sejamos hipócritas.
Hoje (terça-feira), ao voltar pra casa em uma “noite” (20h mais ou menos) um tanto fria após a chuva em Porto Alegre passei por três crianças (aparentavam ter mais ou menos dez, doze anos) descalças caminhando pela Independência, carregando sacos de lixo, mal vestidas (O termo criança, na prática, já não é mais correto, evidentemente)... Relato isso só pra personalizar o caso, pois todos sabem da imensidão da população que vive nas ruas ou em más condições.
E aí que se cai novamente naquela conversa de que o sistema se apóia em uma classe e daí a injustiça de que enquanto pessoas bem nascidas passeiam pela vida, outras passam fome...
Argumentarão que infelizmente isso é assim mesmo, que não tem o que fazer, que o ideal desses caras que eu cito (o socialismo) já foi testado e reprovado e tal...
Mais que isso, que o sistema socialista, em ordem de manter boas condições de vida a todos sufocava sua população a ponto de fazê-los quererem fugir de suas próprias casas (a exemplo da Alemanha oriental), daí provando mais uma vez que o indivíduo não se importa com a fome dos seus semelhantes. Não mais que com seu bem-estar, pelo menos.
Exemplificando um pouco as maneiras, pelo menos em teoria, que se impedia a injustiça social:
- uma menininha que vive em um sistema socialista quer ter mil pares de sapato. O sistema entende que é um desperdício de riqueza e que é desnecessário que uma pessoa só tenha tantos pares de sapato e impossibilita a realização deste “sonho”, desestimulando a luxúria e a arrogância, enquanto impossibilita a menina de esnobar as outras meninas. Resultado: todos têm seus sapatos, mas com uma grande chance de insatisfação.
- Uma menininha que vive em um sistema capitalista quer ter mil pares de sapato. Caso alguém aceite pagar o preço de mil pares de sapato pra ela (pai, marido...) ela os têm sem muito esforço e vive feliz enquanto nutre suas necessidades de se afirmar diante da sociedade, demonstrando “poder”. Caso ninguém se sujeite a pagar por ela os pares, ela é livre para trabalhar para tal, chegando ao seu objetivo somente esforçando-se muito, certamente precisando impedir o crescimento de outro para que ela possa crescer financeiramente.
Resultado: ela vive feliz não só pelo seu patrimônio, mas também pelo orgulho de ter provado ser capaz de realizar tal feito, enquanto outras tantas não têm esse privilégio. (notando a importância dessa última frase, o “gostinho” só existe enquanto existe a exclusão).
É discutível também se a justiça social do marxismo é realmente justa. Não é mais justo que quem trabalha pelo que quer consiga, e quem não trabalha não?
Pensando assim até faz sentido, porém o sistema capitalista admite herança como algo legítimo. É justo que o filho de um rico tenha uma formação melhor, uma saúde melhor? Note como ao passar das gerações cria-se uma injustiça enorme, o recém nascido não tem culpa de ter vindo ao mundo nas mãos de incompetentes!
Onde quero chegar com tudo isso é que... As pessoas lutaram para que fossem livres e pudessem escolher o que fazer de suas vidas, abrindo mão de uma garantia de qualidade de vida providenciada por outros, preferiram “confiar no taco”, digamos assim... O que gerou e segue gerando, invariavelmente, péssima qualidade de vida e exploração àqueles que não souberam agir da melhor maneira, de modo a perder sua riqueza e comprometendo seus descendentes. Portanto conclui-se que a liberdade... leva à injustiça!?
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Contra a corneta!
Escrevo antes de sair de casa pra assistir o confronto entre Inter e Banfield. Lembro dos dias que resolvi ir para a superior ou pra social do Beira-Rio. É sempre a mesma coisa, quando o resultado não vem (ou ainda não veio). Pessoas vaiando o time do Inter, xingando o técnico, dizendo que assim não dá, que tem que botar o fulano, tem que tirar o ciclano, que esse presidente também não presta, que se não classificar eu não venho mais no estádio.
Pois que nem compareçam, então! É tão difícil assim de entender que é trabalho do técnico escolher quem joga e que durante o jogo é sim ele que manda e tá acabado? Que o jogador que tá em campo NÃO VAI pedir pra sair!?
Um jogo de futebol é como uma simulação de batalha. É uma batalha, portanto. E quando em guerra não há espaço pra democracia. Imagina um front de batalha, um dos teus companheiros começa a errar os tiros, tu vai chamar o teu superior pra dizer que aquele soldado não está preparado, em meio ao fogo cruzado? Vai xingar o cara e dizer pra ele desistir, enquanto ele tenta acertar o inimigo? Não me parece uma estratégia muito boa, não é mesmo? Então, que fique clara a mensagem: não, a opinião do torcedor, durante os 90 minutos NÃO É importante. Diferente, é claro, de quando não tá rolando jogo nenhum, aí sim não só pode como deve haver cobrança e fiscalização do trabalho feito no clube.
Mas quando no jogo, ou te abstém ou então canta junto e empurra o time junto com aqueles milhares atrás da goleira, que é impossível não se motivar com o estádio inteiro do teu lado.
Saudações coloradas.
Pois que nem compareçam, então! É tão difícil assim de entender que é trabalho do técnico escolher quem joga e que durante o jogo é sim ele que manda e tá acabado? Que o jogador que tá em campo NÃO VAI pedir pra sair!?
Um jogo de futebol é como uma simulação de batalha. É uma batalha, portanto. E quando em guerra não há espaço pra democracia. Imagina um front de batalha, um dos teus companheiros começa a errar os tiros, tu vai chamar o teu superior pra dizer que aquele soldado não está preparado, em meio ao fogo cruzado? Vai xingar o cara e dizer pra ele desistir, enquanto ele tenta acertar o inimigo? Não me parece uma estratégia muito boa, não é mesmo? Então, que fique clara a mensagem: não, a opinião do torcedor, durante os 90 minutos NÃO É importante. Diferente, é claro, de quando não tá rolando jogo nenhum, aí sim não só pode como deve haver cobrança e fiscalização do trabalho feito no clube.
Mas quando no jogo, ou te abstém ou então canta junto e empurra o time junto com aqueles milhares atrás da goleira, que é impossível não se motivar com o estádio inteiro do teu lado.
Saudações coloradas.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Combate racional à vagabundagem
“Vemos e sentimos o desperdício das coisas materiais; entretanto, as ações desastradas, ineficientes e mal orientadas dos homens não deixam indícios visíveis e palpáveis. E por isso, ainda que o prejuízo diário, daí resultante, seja maior que o decorrente do desgaste das coisas materiais, este último nos abala profundamente, enquanto aquele levemente nos impressiona.”
Palavras do presidente americano Theodore Roosevelt (1901-1909)
Começo a escrever essa postagem vendo as letras no monitor embaralharem-se. Isso porque eu adiei a escrita do post até a finalera do dia, quando eu to morrendo de sono. Assim como eu fiz com um trabalho que eu tinha que fazer, da cadeira que eu mais gosto... E assim é sempre que há tempo de sobra pra realizar tarefas. Pelo menos é assim que funciona comigo. Digamos que eu tenha oito horas livres pra realizar um trabalho que eu levo meia hora para fazer. Eu vou adiando ou fazendo só um pouquinho, e termina ficando tudo pra última hora. Comentei sobre isso com algumas pessoas, todas elas afirmaram ser assim também.
Por que isso? Qual a moral dessa natureza preguiçosa do ser humano? E não é dizer que é por preferir fazer coisa melhor, ficar trocando o canal da TV compulsivamente NÃO É melhor que produzir algo.
Penso que é melhor sempre reservar compromissos que dêem uma ocupação à maior parte do dia, de modo que se dedique somente o tempo necessário às tarefas que não tem hora pra acontecer, otimizando o tempo livre.
O discurso do início é citado na obra de Frederick Taylor, que é uma das primeiras coisas a serem ensinadas no curso de administração lá na UFRGS. Daí concluo que lutar contra nossa vagabundagem natural é algo importante, em ordem de maximizar o aproveitamento de nosso tempo, com a frase do Clube da Luta em mente “this is your life, and it’s ending a minute at a time”.
OBS: Perdoem algum eventual erro na escrita, por favor. Não é bem assim escrever cabeceando de sono.
Palavras do presidente americano Theodore Roosevelt (1901-1909)
Começo a escrever essa postagem vendo as letras no monitor embaralharem-se. Isso porque eu adiei a escrita do post até a finalera do dia, quando eu to morrendo de sono. Assim como eu fiz com um trabalho que eu tinha que fazer, da cadeira que eu mais gosto... E assim é sempre que há tempo de sobra pra realizar tarefas. Pelo menos é assim que funciona comigo. Digamos que eu tenha oito horas livres pra realizar um trabalho que eu levo meia hora para fazer. Eu vou adiando ou fazendo só um pouquinho, e termina ficando tudo pra última hora. Comentei sobre isso com algumas pessoas, todas elas afirmaram ser assim também.
Por que isso? Qual a moral dessa natureza preguiçosa do ser humano? E não é dizer que é por preferir fazer coisa melhor, ficar trocando o canal da TV compulsivamente NÃO É melhor que produzir algo.
Penso que é melhor sempre reservar compromissos que dêem uma ocupação à maior parte do dia, de modo que se dedique somente o tempo necessário às tarefas que não tem hora pra acontecer, otimizando o tempo livre.
O discurso do início é citado na obra de Frederick Taylor, que é uma das primeiras coisas a serem ensinadas no curso de administração lá na UFRGS. Daí concluo que lutar contra nossa vagabundagem natural é algo importante, em ordem de maximizar o aproveitamento de nosso tempo, com a frase do Clube da Luta em mente “this is your life, and it’s ending a minute at a time”.
OBS: Perdoem algum eventual erro na escrita, por favor. Não é bem assim escrever cabeceando de sono.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Mesmo o óbvio deve ser dito.
Em português:
Eu tenho uma teoria. Toda vez que um homem dorme com várias mulheres ele é chamado de garanhão. Toda vez que uma mulher dorme com vários homens é chamada de vadia. E as pessoas acham isso injusto... Nah. É totalmente justo, e eu vou lhes dizer por que, ta bem? Porque é fácil ser uma vadia. E é difícil ser um garanhão. Para ser um garanhão você tem que ser lindo, charmoso, ter sapatos legais e um trabalho falso. Para ser uma vadia você só precisa estar presente. Existem vadias gordas e feias, não existem garanhões gordos e feios. Eu já conheci vadias que eram duendes. Eu nunca conheci um duende garanhão... Talvez haja um em sua própria dimensão, mas nenhum deles jamais cruzou para o nosso mundo...
OBS: Se houver algum erro na tradução, por favor corrijam-me.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Um pensamento democrata.
Conversava com um amigo em um bar em frente ao Beira-Rio, certa ocasião. Falávamos sobre como muitos porto-alegrenses não têm o hábito de ir ao estádio assistir os jogos, mesmo tendo a oportunidade, desde criança. E chegamos à conclusão que essa condição era exatamente a causa dessa gente preferir assistir os jogos de casa, enquanto nós que crescemos longe do estádio e só podíamos ir ao jogo quando muito uma vez a cada dois meses hoje vamos sempre, pois valorizamos essa oportunidade. Lembro também de ver em alguma reportagem ano passado um alemão que viveu na antiga Alemanha Oriental falando sobre como ele valorizava a liberdade que tinha hoje.
As pessoas tem essa característica, de achar que aquilo com que elas nasceram não vale muita coisa, e de apreciar aquilo que é conquistado. Péssimo. Por que não é intrínseco a nós mesmos valorizarmos as coisas que concordamos que são boas? É um saco essa história de que “só se valoriza quando se perde”, o que pra mim torna fato que a dor do fracasso é sempre imensamente superior à alegria da conquista, isto é, mesmo aquilo que conquistamos, depois de um tempo passa a ser algo que consideramos sem valor, ao menos irracionalmente.
Tento não pensar dessa forma, o que não parece natural. Eu quero valorizar a minha saúde, quero ser feliz pela boa qualidade de vida que tenho, mas existe uma diferença entre querer e sentir. Principalmente no que diz respeito àquilo que é comum à muitos. É bom ter celular? Sim. Só que todo mundo tem, logo não é tão bom assim. Será que estar numa boa universidade teria tanto destaque caso todos tivessem acesso a uma?
Deixando um pouco de lado as evidências do quão medíocre é o ser humano, digo que trouxe o pensamento à tona pelo fato de que há eleições presidenciais esse ano. Achem o que achar sobre a política, que nenhum candidato presta, ou sei lá. Achem o que for, mas valorizem o sistema, valorizem ter uma voz. Pense que se tu fosse um chinês tu não teria o poder de dar a tua opinião no teu próprio Estado.
As pessoas tem essa característica, de achar que aquilo com que elas nasceram não vale muita coisa, e de apreciar aquilo que é conquistado. Péssimo. Por que não é intrínseco a nós mesmos valorizarmos as coisas que concordamos que são boas? É um saco essa história de que “só se valoriza quando se perde”, o que pra mim torna fato que a dor do fracasso é sempre imensamente superior à alegria da conquista, isto é, mesmo aquilo que conquistamos, depois de um tempo passa a ser algo que consideramos sem valor, ao menos irracionalmente.
Tento não pensar dessa forma, o que não parece natural. Eu quero valorizar a minha saúde, quero ser feliz pela boa qualidade de vida que tenho, mas existe uma diferença entre querer e sentir. Principalmente no que diz respeito àquilo que é comum à muitos. É bom ter celular? Sim. Só que todo mundo tem, logo não é tão bom assim. Será que estar numa boa universidade teria tanto destaque caso todos tivessem acesso a uma?
Deixando um pouco de lado as evidências do quão medíocre é o ser humano, digo que trouxe o pensamento à tona pelo fato de que há eleições presidenciais esse ano. Achem o que achar sobre a política, que nenhum candidato presta, ou sei lá. Achem o que for, mas valorizem o sistema, valorizem ter uma voz. Pense que se tu fosse um chinês tu não teria o poder de dar a tua opinião no teu próprio Estado.
terça-feira, 30 de março de 2010
Sugestão de filme, Clube da Luta
Ótimo filme, com uma mensagem bastante complexa (ou várias mensagens).
“Somente após o desastre nós podemos renascer”
“Primeiro se tem que desistir. Você há de saber, não temer, saber, que um dia você irá morrer.”.
“Cara, eu vejo no clube da luta os homens mais inteligentes e mais fortes que já viveram. Eu vejo todo esse potencial, e eu vejo desperdício. Porra, uma geração inteira abastecendo gasolina, servindo mesas; escravos de colarinho branco. A propaganda nos tem perseguindo carros e roupas, trabalhando em empregos que odiamos para que possamos comprar coisas que não precisamos. Somos os filhos do meio da História, cara. Sem propósito ou lugar. Não temos uma grande guerra. Nenhuma grande depressão. Nossa grande guerra é uma guerra espiritual... Nossa grande depressão são nossas vidas. Todos nós fomos criados pela televisão para que acreditássemos que um dia todos seríamos milionários, e deuses dos filmes e astros do rock. Mas nós não seremos. E estamos aceitando aos poucos esse fato. E estamos muito, muito putos.”
“Escutem, vermes. Vocês não são especiais.Você é a mesma decadente matéria orgânica que todas as coisas.”
“As coisas que você possui terminam te possuindo.”
“O auto-aprimoramento é masturbação. A auto-destruição é a resposta.”
Nada mais brilhante que a justificativa do porquê apontar a arma na cabeça do atendente da loja de conveniência (ou seja o que for), ou dirigir de propósito no lado errado da estrada. Concordo muitíssimo com o filme, perca a esperança, e aproveite a vida.
quinta-feira, 25 de março de 2010
O Demônio da Perversidade
*De Edgar Allan Poe
Ao examinar as faculdades e impulsos dos móveis primordiais da alma humana, deixaram os frenólogos de mencionar uma tenndência que, embora claramente existente como um sentimento radical, primitivo, irredutível, tem sido igualmente desdenhada por todos os moralistas que os precederam. Por pura arrogância da razão, todos nós a temos desdenhado. Temos tolerado que a sua existência escape aos nossos sentidos unicamente por falta de crença, de fé, quer seja fé na Revelação ou fé na Cabala. A idéia dessa tendência nunca nos ocorreu simplesmente por causa de sua superfluidade. Não víamos necessidade do impulso, nem da propensão. Não podíamos perceber-lhe a necessidade. Não podíamos compreender, isto é, não podiamos ter compreendido, dado o caso de ter-se este primum mobile introduzído a força, não podíamos ter compreendido de que maneira puderia ele promover os objetivos da humanidade, quer temporais, quer eternos.
Não se pode negar que a frenologia e boa parte de todas as ciências metafísicas tenham sido planejadas a priori. O intelectual ou homem lógico, ainda mais que o homem compreensivo ou observador, se põe a imaginar projetos, a ditar objetivos a Deus. Tendo assim sondado, a seu bel-prazer, as intenções de Jeová, edifica, de acordo com essas intenções, seus inumeráveis sistemas de pensamento. Na questão da frenologia, por exemplo, primeiro determinamos o que é bastante natural, que fazia parte dos desígnios da Divindade que o homem comesse. Então atribuímos ao homem um orgão de alimentação e este órgão é o chicote com que a Divindade compele o homem a comer, quer queira, quer não.
Em segundo lugar, tendo estabelecido que foi vontade de Deus que o homem continuasse a espécie, descobrimos imediatamente um órgão de amatividade. E assim por diante, com a combatividade, a idealidade, a casualidade, a construtividade, e assim, em suma, com todos os orgãos, quer representem uma propensão, um sentimento moral ou uma faculdade do intelecto puro. E nessas disposições dos princípios da ação humana, os Spurzheimitas, com razão ou não, em parte ou no todo, não fizeram mais que seguir, em princípio, as pegadas de seus predecessores, deduzindo ou estabelecendo cada coisa em virtude do destino preconcebido do homem e baseada nos objetivos de seu Criador.
Teria sido mais acertado, teria sido mais seguro, classificar (se podemosclassificar) sobre a base daquilo que o homem, usual ou ocasionalmente, fez e estava sempre ocasionalmente fazendo do que sobre a base daquilo que supomos que a Divindade tencionava que ele fizesse. Se não podemos compreender Deus nas suas obras visíveis, como então compreendê-lo nos seus inconcebíveis pensamentos que dão vida às suas obras? Se não podemos compreendê-lo nas suas criaturas objetivas, como compreendê-lo então nas suas disposições de ânimo substantivas e nas suas fases de criação?
A indução a posteriori teria levado a frenologia a admitir, como um princípio inato e primitivo da ação humana, algo de paradoxal que podemos chamar de perversidade, na falta de termo mais característico. No sentido que deu é, de fato, um ,mobile sem motivo, um motivo não motivirt. Sob sua influência agimos sem objetivo compreensível, ou, se isto for entendido como uma contradição nos termos, podemos modificar a tal ponto a proposição que digamos que sob sua influência nós agimos pelo motivo de nâo devermos agir.
Em teoria, nenhuma razão pode ser mais desarrazoada; mas, de fato, nenhuma há mais forte. Para certos espíritos, sob determinadas condições , torna-se absolutamente irresistível. Tenho certeza de que respiro do que a de ser muitas vezes o engano ou o erro de qualquer ação a força inconquistável que nos empurra, e a única que nos impele a continuá-lo. E não admitirá análise ou resolução em elementos ulteriores esta acabrunhante tendência de praticar o mal pelo mal. É um impulso radical, primitivo, elementar.
Dir-se-á, estou certo, que, quando nós persistimos em atos porque sentimos que não deveríamos persistir neles, nossa conduta é apenas uma modificação daquela que ordinariamente se origina da combatividade da frenologia. Mas um simples olhar nos mostrará a falácia dessa idéia. A combatividade frenológica tem por essência a necessidade de autodefesa. É a nossa salvaguarda contra a ofensa. Seu principio diz respeito ao nosso bem-estar e dessa forma o desejo desse bem-estar é excitado, simultaneamente, com seu desenvolvimento. Segue- se que o desejo do bem-estar deve ser excitado, simultaneamente, com qualquer princípio que seja simplesmente uma modificação da combatividade, mas, no caso daquilo que denuminei de perversidade, não somente o desejo de bem-estar não é excitado, mas existe um sentimento fortemente antagônico.
Afinal, um apelo ao próprio coração será a melhor resposta ao sofisma que acabamos de observar. Ninguém que confiantemente consulte e amplamente interrogue sua própria alma sentir-se-à disposto a negar a completa radicabilidade da tendência em questão. Esta tendência não é menos característica que incompreensível. Não há homem que, em algum momento, não tenha sido atormentado , por exemplo, por um agudo desejo de torturar um ouvinte por meio de circunlóquios. Sabe que desagrada. Tem toda a intenção de desagradar. Em geral é conciso, preciso e claro. Luta em sua lingua por expressar-se a mais lacônica e luminosa linguagem. Só com dificuldade consegue evitar que ela desborde. Teme e conjura a cólera daquele a quem se dirige. Contudo, assalta-o o pensamento de que essa cólera pode ser produzida por meio de certas tricas e parentesis. Basta esta idéia. O impulso converte-se em desejo, o desejo em vontade, a vontade numa ânsia incontrolável, e a ânsia ( para profundo remorso e mortificação de quem fala e num desafio a todas as consequências) é satisfeita.
Temos diante de nós uma tarefa que deve ser rapidamente executada. Sabemos que retardá-la será ruinoso. A mais importante crise de nossa vida requer, imperiosamente, energia imediata e ação. Inflamamo-nos, consumimo-nos na avidez de começar o trabalho, abrasando-se toda a nossa alma na antecipação de seu glorioso resultado. É forçoso, é urgente que ele seja executado hoje, e contudo, adiamo-lo para amanhã. Por que isso? Não há resposta senão a de que sentimos a perversidade do ato, usando o termo sem compreender-lhe o princípio.
Chega o dia seguinte e com ela mais impaciente ansiedade de cumprir nosso dever, mas com todo esse aumento de ansiedade chega também um indefinível e positivamente terrivel, embora insondável, anseio extremo de adiamento. E quanto mais o tempo foge, mais força vai tomando esse anseio. A última hora para agir está iminente. Trememos à violência do conflito que se trava dentro de nós, entre o definido e o indefinido, entre a substância e a sombra. Mas se a contenda se prolonga a este ponto, é a sombra quem prevalece. Foi vã a nossa luta. O relógio bate e é o dobre de finados de nossa felicidade. Ao mesmo tempo é a clarinada matinal para o fantasma que por tanto tempo nos intimidou. Ela voa. Desaparece. Estamos livres. Volta a antiga energia. Trabalharemos agora. Ai de nós porém, é tarde demais!
Estamos à borda dum precipício. Perscrutamos o abismo e nos veem a náusea e a vertigem. Nosso primeiro impulso é fugir ao perigo. Inexplicavelmente, porém, ficamos. Pouco a pouco, a nossa náusea, a nossa vertigem, o nosso horror confundem-se numa nuvem de sensações indefiníveis. Gradativamente, e de maneira mais imperceptível, essa nuvem toma forma, como a fumaça da garrafa donde surgiu o gênio nas Mil e uma Noites. Mas fora dessa nossa nuvem à borda do precipício, uma forma se torna palpável, bem mais terrível que qualquer gênio ou qualquer demônio de fábulas. Contudo não é senão um pensamento, embora terrível, e um pensamento que nos gela até a medula dos ossos com a feroz volúpia do seu horror. É , simplesmente, a idéia do que seriam nossas sensações durante o mergulho precipitado duma queda de tal altura.
E esta queda, este aniquilamento vertiginoso, por isso mesmo que envolve essa mais espantosa e mais repugnante de todas as espantosas e repugnantes imagens de morte e de sofrimento que jamais se apresentaram à nossa imaginação, faz com que mais vívamente a desejemos. E porque nossa razão nos desvia violentamenie da borda do precipício, por isso mesmo mais impetuosamente nos aproximamos dela. Não há na natureza paixão mais diabolicamente impaciente como a daquele que, tremendo à beira dum precipício, pensa dessa forma em nele se lançar. Deter-se, um instante que seja, em qualquer concessão a essa idéia é estar inevitavelmente perdido, pois a reflexão nos ordena que fujamos sem demora e, portanto, digo-o, é isto mesmo que não podemos lazer. Se não houver um braço amigo que nos detenha, ou se não conseguirmos, com súbito esforço recuar da beira do abismo, nele nos atiraremos e destruidos estaremos.
Examinando ações semelhantes, como fazemos, descobriremos que elas resultam tão-somente do espírito de Perversidade. Nós as cometemos porque sentimos que não deveríamos fazê-lo. Além, ou por trás disso, não há princípio inteligível, e nós podíamos, de fato, supor que essa perversidade é uma direta instigação do demônio se não soubéssemos, realmente, que esse princípio opera em apoio do bem.
Se tanto me demorei neste assunto foi para responder, de certo modo, a pergunta do leitor, para poder explicar o motivo de minha estada aqui, para poder expor algo que terá, pelo menos, o apagado aspecto duma causa que explique por que tenho estes grilhões e porque habito esta cela de condenado. Não me tivesse mostrado assim prolixo, talvez não me houvésseis compreendido de todo, ou, como a gentalha, me houvésseis julgado louco. Dessa forma, facilmente percebereis que sou uma das incontáveis vítimas do Demônio da Perversidade.
Nenhuma outra proeza jamais foi levada a cabo com mais perfeita deliberação. Durante semanas, durante meses, ponderei todos os meios do assassínio. Rejeitei milhares de planos porque sua realização implicava uma possibilidade de descoberta. Por fim, lendo algumas memórias francesas, encontrei a narrativa de uma doença quase fatal que atacou Madame Pilau em consequência de uma vela acidentalmente envenenada. A idéia feriu-me a imaginação imediatamente. Sabia que minha vítima tinha o hábito de ler na cama. Sabia, também, que seu quarto de dormir era estreito e mal iluminado. Mas não é preciso fatigar-vos com pormenores impertinentes. Não preciso descrever-vos os artifícios fáceis por meio dos quais substitui, no castiçal de seu dormitório, por uma vela, por mim mesmo fabricada, a que ali encontrei. Na manhã seguinte, encontraram-no morto na cama e o veredicto do médico legista foi: " Morte por visita de Deus."
Tendo-lhe herdado os bens, tudo correu a contento para mim durante anos. A idéia de ser descoberto jamais penetrou-me o cérebro. Eu mesmo cuidadosamente dispusera dos restos da vela mortal. Não deixara nem sombra de indício pelo qual fosse possível provar-se ou mesmo suspeitar-se de ter sido eu o criminoso. É impossível conceber-se o sentimento de absoluta satisfação que no meu intimo despertava a certeza de minha completa segurança. Durante longo período de tempo habituei-me à deleitação desse sentimento . Proporcionava-me muito mais deleite que todas as vantagens puramente materiais que me advieram do crime. Mas chegou por fim uma época na qual a sensação de prazer se transformou, de gradações quase imperceptíveis, numa idéia obcecante e perseguidora. Perseguia porque obcecava. Dificilmente conseguia libertar-me dela por um instante sequer. É coisa bem comum termos assim os ouvídos, ou antes a memória, assediados pela do som de alguma cantiga vulgar ou de trechos inexpressivivos de ópera. Não menos atormentados seremos se a cantiga é boa por si mesma ou se tem mérito a ária de ópera. Dessa forma, afinal, surpreendia- me quase sempre a refletir na minha segurança e a em voz baixa, a frase: "Estou salvo!"
Um dia, enquanto vagueava pelas ruas, contive-me no ato de murmurar, meio alto, essas sílabas habituais. Num acesso de audácia repeti-as desta outra forma: "Estou salvo. . . estou salvo sim…, contanto que não faça a tolice de confessá-lo abertamente!"
Logo que pronunciei estas palavras, senti um arrepio de enregelar-me o coração. Já conhecia aqueles acessos de perversidade ( cuja a natureza tive dificuldade em explicar) e lembrava-me bem de que em nenhuma ocasião me fora possível resistir a eles com êxito. E agora minha própria e casual auto-sugestão de que poderia ser bastante tolo para confessar o assassínio de que me tornara culpado me enfrentava como se fosse o autêntico fantasma daquele a quem eu havia assinado a acenar-me com a morte.
A princípio fiz um esforço para afastar da alma semelhante pesadelo. Caminhei mais apressadamente, mais depressa ainda. . . pus-me por fim a correr. Sentia um desejo enlouquecedor de gritar bem alto. Cada onda sucessiva de pensamento me acabrunhava com novos horrores, porque, ai!, eu bem compreendia, muito bem mesmo, que , na minha situação, pensar era estar perdido. Acelerei ainda mais a minha carreira. Saltava como um louco pelas ruas cheias de gente. Por fim a populaça alvoroçou-se e pôs-se a perseguir-me. Senti então que minha sorte estava consumada. Se tivesse podido arrancar a minha língua, tê-lo-ia feito, mas uma voz rude ressoou em meus ouvidos e uma mão ainda mais rude agarrou-me pelo ombro. Voltei-me , resfolegante. Durante um momento senti todos os transes da sufocação. Tornei-me cego, surdo e atordoado; e depois creio que algum demônio invisível bateu-me nas costas com a larga palma O segredo há tanto tempo retido irrompeu de minha alma. Dizem que me exprimi com perfeita clareza, embora com assinada enfase e apaixonada precipitação, como se temesse uma interrupção antes de concluir as frases breves mas refertas de importância que me entregavam ao carrasco e ao inferno.
Tendo relatado tudo quanto era preciso para a plena prova judicial; desmaiei. Que me resta a dizer? Hoje suporto estas cadeias e estou aqui! Amanhã estarei livre de ferros! Mas onde?
Ao examinar as faculdades e impulsos dos móveis primordiais da alma humana, deixaram os frenólogos de mencionar uma tenndência que, embora claramente existente como um sentimento radical, primitivo, irredutível, tem sido igualmente desdenhada por todos os moralistas que os precederam. Por pura arrogância da razão, todos nós a temos desdenhado. Temos tolerado que a sua existência escape aos nossos sentidos unicamente por falta de crença, de fé, quer seja fé na Revelação ou fé na Cabala. A idéia dessa tendência nunca nos ocorreu simplesmente por causa de sua superfluidade. Não víamos necessidade do impulso, nem da propensão. Não podíamos perceber-lhe a necessidade. Não podíamos compreender, isto é, não podiamos ter compreendido, dado o caso de ter-se este primum mobile introduzído a força, não podíamos ter compreendido de que maneira puderia ele promover os objetivos da humanidade, quer temporais, quer eternos.
Não se pode negar que a frenologia e boa parte de todas as ciências metafísicas tenham sido planejadas a priori. O intelectual ou homem lógico, ainda mais que o homem compreensivo ou observador, se põe a imaginar projetos, a ditar objetivos a Deus. Tendo assim sondado, a seu bel-prazer, as intenções de Jeová, edifica, de acordo com essas intenções, seus inumeráveis sistemas de pensamento. Na questão da frenologia, por exemplo, primeiro determinamos o que é bastante natural, que fazia parte dos desígnios da Divindade que o homem comesse. Então atribuímos ao homem um orgão de alimentação e este órgão é o chicote com que a Divindade compele o homem a comer, quer queira, quer não.
Em segundo lugar, tendo estabelecido que foi vontade de Deus que o homem continuasse a espécie, descobrimos imediatamente um órgão de amatividade. E assim por diante, com a combatividade, a idealidade, a casualidade, a construtividade, e assim, em suma, com todos os orgãos, quer representem uma propensão, um sentimento moral ou uma faculdade do intelecto puro. E nessas disposições dos princípios da ação humana, os Spurzheimitas, com razão ou não, em parte ou no todo, não fizeram mais que seguir, em princípio, as pegadas de seus predecessores, deduzindo ou estabelecendo cada coisa em virtude do destino preconcebido do homem e baseada nos objetivos de seu Criador.
Teria sido mais acertado, teria sido mais seguro, classificar (se podemosclassificar) sobre a base daquilo que o homem, usual ou ocasionalmente, fez e estava sempre ocasionalmente fazendo do que sobre a base daquilo que supomos que a Divindade tencionava que ele fizesse. Se não podemos compreender Deus nas suas obras visíveis, como então compreendê-lo nos seus inconcebíveis pensamentos que dão vida às suas obras? Se não podemos compreendê-lo nas suas criaturas objetivas, como compreendê-lo então nas suas disposições de ânimo substantivas e nas suas fases de criação?
A indução a posteriori teria levado a frenologia a admitir, como um princípio inato e primitivo da ação humana, algo de paradoxal que podemos chamar de perversidade, na falta de termo mais característico. No sentido que deu é, de fato, um ,mobile sem motivo, um motivo não motivirt. Sob sua influência agimos sem objetivo compreensível, ou, se isto for entendido como uma contradição nos termos, podemos modificar a tal ponto a proposição que digamos que sob sua influência nós agimos pelo motivo de nâo devermos agir.
Em teoria, nenhuma razão pode ser mais desarrazoada; mas, de fato, nenhuma há mais forte. Para certos espíritos, sob determinadas condições , torna-se absolutamente irresistível. Tenho certeza de que respiro do que a de ser muitas vezes o engano ou o erro de qualquer ação a força inconquistável que nos empurra, e a única que nos impele a continuá-lo. E não admitirá análise ou resolução em elementos ulteriores esta acabrunhante tendência de praticar o mal pelo mal. É um impulso radical, primitivo, elementar.
Dir-se-á, estou certo, que, quando nós persistimos em atos porque sentimos que não deveríamos persistir neles, nossa conduta é apenas uma modificação daquela que ordinariamente se origina da combatividade da frenologia. Mas um simples olhar nos mostrará a falácia dessa idéia. A combatividade frenológica tem por essência a necessidade de autodefesa. É a nossa salvaguarda contra a ofensa. Seu principio diz respeito ao nosso bem-estar e dessa forma o desejo desse bem-estar é excitado, simultaneamente, com seu desenvolvimento. Segue- se que o desejo do bem-estar deve ser excitado, simultaneamente, com qualquer princípio que seja simplesmente uma modificação da combatividade, mas, no caso daquilo que denuminei de perversidade, não somente o desejo de bem-estar não é excitado, mas existe um sentimento fortemente antagônico.
Afinal, um apelo ao próprio coração será a melhor resposta ao sofisma que acabamos de observar. Ninguém que confiantemente consulte e amplamente interrogue sua própria alma sentir-se-à disposto a negar a completa radicabilidade da tendência em questão. Esta tendência não é menos característica que incompreensível. Não há homem que, em algum momento, não tenha sido atormentado , por exemplo, por um agudo desejo de torturar um ouvinte por meio de circunlóquios. Sabe que desagrada. Tem toda a intenção de desagradar. Em geral é conciso, preciso e claro. Luta em sua lingua por expressar-se a mais lacônica e luminosa linguagem. Só com dificuldade consegue evitar que ela desborde. Teme e conjura a cólera daquele a quem se dirige. Contudo, assalta-o o pensamento de que essa cólera pode ser produzida por meio de certas tricas e parentesis. Basta esta idéia. O impulso converte-se em desejo, o desejo em vontade, a vontade numa ânsia incontrolável, e a ânsia ( para profundo remorso e mortificação de quem fala e num desafio a todas as consequências) é satisfeita.
Temos diante de nós uma tarefa que deve ser rapidamente executada. Sabemos que retardá-la será ruinoso. A mais importante crise de nossa vida requer, imperiosamente, energia imediata e ação. Inflamamo-nos, consumimo-nos na avidez de começar o trabalho, abrasando-se toda a nossa alma na antecipação de seu glorioso resultado. É forçoso, é urgente que ele seja executado hoje, e contudo, adiamo-lo para amanhã. Por que isso? Não há resposta senão a de que sentimos a perversidade do ato, usando o termo sem compreender-lhe o princípio.
Chega o dia seguinte e com ela mais impaciente ansiedade de cumprir nosso dever, mas com todo esse aumento de ansiedade chega também um indefinível e positivamente terrivel, embora insondável, anseio extremo de adiamento. E quanto mais o tempo foge, mais força vai tomando esse anseio. A última hora para agir está iminente. Trememos à violência do conflito que se trava dentro de nós, entre o definido e o indefinido, entre a substância e a sombra. Mas se a contenda se prolonga a este ponto, é a sombra quem prevalece. Foi vã a nossa luta. O relógio bate e é o dobre de finados de nossa felicidade. Ao mesmo tempo é a clarinada matinal para o fantasma que por tanto tempo nos intimidou. Ela voa. Desaparece. Estamos livres. Volta a antiga energia. Trabalharemos agora. Ai de nós porém, é tarde demais!
Estamos à borda dum precipício. Perscrutamos o abismo e nos veem a náusea e a vertigem. Nosso primeiro impulso é fugir ao perigo. Inexplicavelmente, porém, ficamos. Pouco a pouco, a nossa náusea, a nossa vertigem, o nosso horror confundem-se numa nuvem de sensações indefiníveis. Gradativamente, e de maneira mais imperceptível, essa nuvem toma forma, como a fumaça da garrafa donde surgiu o gênio nas Mil e uma Noites. Mas fora dessa nossa nuvem à borda do precipício, uma forma se torna palpável, bem mais terrível que qualquer gênio ou qualquer demônio de fábulas. Contudo não é senão um pensamento, embora terrível, e um pensamento que nos gela até a medula dos ossos com a feroz volúpia do seu horror. É , simplesmente, a idéia do que seriam nossas sensações durante o mergulho precipitado duma queda de tal altura.
E esta queda, este aniquilamento vertiginoso, por isso mesmo que envolve essa mais espantosa e mais repugnante de todas as espantosas e repugnantes imagens de morte e de sofrimento que jamais se apresentaram à nossa imaginação, faz com que mais vívamente a desejemos. E porque nossa razão nos desvia violentamenie da borda do precipício, por isso mesmo mais impetuosamente nos aproximamos dela. Não há na natureza paixão mais diabolicamente impaciente como a daquele que, tremendo à beira dum precipício, pensa dessa forma em nele se lançar. Deter-se, um instante que seja, em qualquer concessão a essa idéia é estar inevitavelmente perdido, pois a reflexão nos ordena que fujamos sem demora e, portanto, digo-o, é isto mesmo que não podemos lazer. Se não houver um braço amigo que nos detenha, ou se não conseguirmos, com súbito esforço recuar da beira do abismo, nele nos atiraremos e destruidos estaremos.
Examinando ações semelhantes, como fazemos, descobriremos que elas resultam tão-somente do espírito de Perversidade. Nós as cometemos porque sentimos que não deveríamos fazê-lo. Além, ou por trás disso, não há princípio inteligível, e nós podíamos, de fato, supor que essa perversidade é uma direta instigação do demônio se não soubéssemos, realmente, que esse princípio opera em apoio do bem.
Se tanto me demorei neste assunto foi para responder, de certo modo, a pergunta do leitor, para poder explicar o motivo de minha estada aqui, para poder expor algo que terá, pelo menos, o apagado aspecto duma causa que explique por que tenho estes grilhões e porque habito esta cela de condenado. Não me tivesse mostrado assim prolixo, talvez não me houvésseis compreendido de todo, ou, como a gentalha, me houvésseis julgado louco. Dessa forma, facilmente percebereis que sou uma das incontáveis vítimas do Demônio da Perversidade.
Nenhuma outra proeza jamais foi levada a cabo com mais perfeita deliberação. Durante semanas, durante meses, ponderei todos os meios do assassínio. Rejeitei milhares de planos porque sua realização implicava uma possibilidade de descoberta. Por fim, lendo algumas memórias francesas, encontrei a narrativa de uma doença quase fatal que atacou Madame Pilau em consequência de uma vela acidentalmente envenenada. A idéia feriu-me a imaginação imediatamente. Sabia que minha vítima tinha o hábito de ler na cama. Sabia, também, que seu quarto de dormir era estreito e mal iluminado. Mas não é preciso fatigar-vos com pormenores impertinentes. Não preciso descrever-vos os artifícios fáceis por meio dos quais substitui, no castiçal de seu dormitório, por uma vela, por mim mesmo fabricada, a que ali encontrei. Na manhã seguinte, encontraram-no morto na cama e o veredicto do médico legista foi: " Morte por visita de Deus."
Tendo-lhe herdado os bens, tudo correu a contento para mim durante anos. A idéia de ser descoberto jamais penetrou-me o cérebro. Eu mesmo cuidadosamente dispusera dos restos da vela mortal. Não deixara nem sombra de indício pelo qual fosse possível provar-se ou mesmo suspeitar-se de ter sido eu o criminoso. É impossível conceber-se o sentimento de absoluta satisfação que no meu intimo despertava a certeza de minha completa segurança. Durante longo período de tempo habituei-me à deleitação desse sentimento . Proporcionava-me muito mais deleite que todas as vantagens puramente materiais que me advieram do crime. Mas chegou por fim uma época na qual a sensação de prazer se transformou, de gradações quase imperceptíveis, numa idéia obcecante e perseguidora. Perseguia porque obcecava. Dificilmente conseguia libertar-me dela por um instante sequer. É coisa bem comum termos assim os ouvídos, ou antes a memória, assediados pela do som de alguma cantiga vulgar ou de trechos inexpressivivos de ópera. Não menos atormentados seremos se a cantiga é boa por si mesma ou se tem mérito a ária de ópera. Dessa forma, afinal, surpreendia- me quase sempre a refletir na minha segurança e a em voz baixa, a frase: "Estou salvo!"
Um dia, enquanto vagueava pelas ruas, contive-me no ato de murmurar, meio alto, essas sílabas habituais. Num acesso de audácia repeti-as desta outra forma: "Estou salvo. . . estou salvo sim…, contanto que não faça a tolice de confessá-lo abertamente!"
Logo que pronunciei estas palavras, senti um arrepio de enregelar-me o coração. Já conhecia aqueles acessos de perversidade ( cuja a natureza tive dificuldade em explicar) e lembrava-me bem de que em nenhuma ocasião me fora possível resistir a eles com êxito. E agora minha própria e casual auto-sugestão de que poderia ser bastante tolo para confessar o assassínio de que me tornara culpado me enfrentava como se fosse o autêntico fantasma daquele a quem eu havia assinado a acenar-me com a morte.
A princípio fiz um esforço para afastar da alma semelhante pesadelo. Caminhei mais apressadamente, mais depressa ainda. . . pus-me por fim a correr. Sentia um desejo enlouquecedor de gritar bem alto. Cada onda sucessiva de pensamento me acabrunhava com novos horrores, porque, ai!, eu bem compreendia, muito bem mesmo, que , na minha situação, pensar era estar perdido. Acelerei ainda mais a minha carreira. Saltava como um louco pelas ruas cheias de gente. Por fim a populaça alvoroçou-se e pôs-se a perseguir-me. Senti então que minha sorte estava consumada. Se tivesse podido arrancar a minha língua, tê-lo-ia feito, mas uma voz rude ressoou em meus ouvidos e uma mão ainda mais rude agarrou-me pelo ombro. Voltei-me , resfolegante. Durante um momento senti todos os transes da sufocação. Tornei-me cego, surdo e atordoado; e depois creio que algum demônio invisível bateu-me nas costas com a larga palma O segredo há tanto tempo retido irrompeu de minha alma. Dizem que me exprimi com perfeita clareza, embora com assinada enfase e apaixonada precipitação, como se temesse uma interrupção antes de concluir as frases breves mas refertas de importância que me entregavam ao carrasco e ao inferno.
Tendo relatado tudo quanto era preciso para a plena prova judicial; desmaiei. Que me resta a dizer? Hoje suporto estas cadeias e estou aqui! Amanhã estarei livre de ferros! Mas onde?
quarta-feira, 17 de março de 2010
O consenso é incoerente.
Acompanho a comunidade do Internacional no Orkut desde 2005, tenho isso por hábito, muito mais porque lá postam notícias de todos os assuntos que pelas discussões sobre futebol mesmo.
Uma hora dessas algum gremista com um perfil falso muito mal feito cria um tópico falando como sendo um colorado gay e pedindo respeito à sua sexualidade. Passados cinco minutos muitos e muitos colorados desocupados online no momento respondem chamando o cara de desocupado por fazer uma bobagem dessas, mas também “xingando” o cara de gay.
Sim, é verdade que o autor do tópico tem muito tempo livre e que é um idiota por gastar com isso, assim como os que respondem o tópico, em menores proporções (os que responderam só clicaram na tela e responderam, não se deram ao trabalho de criar um fake e tudo mais).
Mas a questão que passa batida é que a situação simulada pelo gremista, de haver um suposto colorado pedindo compreensão por ser homossexual é onde quero chegar. Em nenhum momento alguém concorda que o Inter, como clube supostamente sem preconceitos, deveria sim acolher quem fosse gay e quisesse ser torcedor.
A população, de maneira geral, não parece assimilar o fato de que o preconceito com quem é gay é algo a ser combatido, de acordo com os valores que ela mesma defende (não ao racismo, democracia, igualdade de direitos...).
É uma questão de respeito às diferenças. Ou se reprime o preconceito com gays ou então que se admita o preconceito com negros, judeus, ou o que for...
Obs.: Sim, eu sei que estádio de futebol não é teatro, sou a favor de xingar o Grêmio todo jogo, inclusive. Mas então que não reclamem do “chora macaco imundo” que os caras vestidos de pijama cantam...
Uma hora dessas algum gremista com um perfil falso muito mal feito cria um tópico falando como sendo um colorado gay e pedindo respeito à sua sexualidade. Passados cinco minutos muitos e muitos colorados desocupados online no momento respondem chamando o cara de desocupado por fazer uma bobagem dessas, mas também “xingando” o cara de gay.
Sim, é verdade que o autor do tópico tem muito tempo livre e que é um idiota por gastar com isso, assim como os que respondem o tópico, em menores proporções (os que responderam só clicaram na tela e responderam, não se deram ao trabalho de criar um fake e tudo mais).
Mas a questão que passa batida é que a situação simulada pelo gremista, de haver um suposto colorado pedindo compreensão por ser homossexual é onde quero chegar. Em nenhum momento alguém concorda que o Inter, como clube supostamente sem preconceitos, deveria sim acolher quem fosse gay e quisesse ser torcedor.
A população, de maneira geral, não parece assimilar o fato de que o preconceito com quem é gay é algo a ser combatido, de acordo com os valores que ela mesma defende (não ao racismo, democracia, igualdade de direitos...).
É uma questão de respeito às diferenças. Ou se reprime o preconceito com gays ou então que se admita o preconceito com negros, judeus, ou o que for...
Obs.: Sim, eu sei que estádio de futebol não é teatro, sou a favor de xingar o Grêmio todo jogo, inclusive. Mas então que não reclamem do “chora macaco imundo” que os caras vestidos de pijama cantam...
quarta-feira, 10 de março de 2010
Não entendi...

Desde hoje volto a atualizar o blog semanalmente, pelo menos a princípio, eu não sei como vai ser a vida nos próximos meses, mas enquanto o tempo me permitir seguirei postando :)
A foto da esquerda mostra uma pichação na Redenção, em Porto Alegre, e a da direita no colégio Coeducar em Caçapava do Sul.
Aqui em Porto Alegre tudo quanto é lugar é pichado, mas essas pichações que apareceram em Caçapava me chamaram a atenção, por não serem comuns...
Pois bem, analisando o caso específico da foto, “educação burguesa fede”. Pra mim o autor do “manifesto” não deixa a opção de ser respeitado, tendo em vista que a instituição “burguesa” onde a pichação foi feita não visa lucros. Sendo assim, o que ele quer dizer com essa frase? Que linha de pensamento político essa pessoa segue?
Outra frase que apareceu, aparentemente de mesma autoria, em Caçapava, “muro em branco = povo calado”, que parece mostrar a mesma opinião do pichador porto alegrense, que pichar as paredes é um modo de se rebelar... Eu pergunto, contra o que? Contra quem? Qual é a repressão ideológica que esses caras enfrentam?
Grande exemplo da (falta de) politização do povo gaúcho (ou de parte dele). Se por acaso esse texto chegar aos olhos de algum pichador, eu sugiro que pegue um livro e aprenda o que é marxismo, liberalismo ou anarquismo; antes de sair “se rebelando”. Ou então, convido que se manifeste aqui no blog, explicando melhor a sua “causa”, porque até agora o resultado das ações dessa gente, pra mim e acho que pra maioria das pessoas, é de desprezo por essa (pelo menos aparente) ignorância que desrespeita a propriedade alheia.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
DESLIGUE O COMPUTADOR
É férias. Não abandonarei o blog mas até março não tenho condições psicológicas de manter as postagens semanais. Não é que não ache o que falar, mas sim que não acho vontade.
O sol tá lá fora, as pessoas também. Sugiro àqueles que podem que desliguem os seus computadores, larguem seus livros e só liguem a tv acompanhados. Vão à praia, vão às ruas, bebam e deem risada, só se vive uma vez.
Abraços!
O sol tá lá fora, as pessoas também. Sugiro àqueles que podem que desliguem os seus computadores, larguem seus livros e só liguem a tv acompanhados. Vão à praia, vão às ruas, bebam e deem risada, só se vive uma vez.
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